Temos? –
Perguntei sonhando com o trecho “Eu serei só seu”.
- Sim! –
Falou Taylor fechando seu sorriso lentamente.
- Temos
reserva em um hotel que eu adoro em San Diego. Você vai adorar, é quase um
parque de diversão. Lá tem uma área verde ótima pra relaxar. Poderemos
conversar mais com calma.
- Lá
você será só meu? – Disse
encarando Taylor sem pudor.
- Seu e
das fãs da Comic-con! – Disse Taylor disfarçando o humor.
- Ah...Sim a
Comic-con. Quase me
esqueci. - Disse eu
pensativa.
- Sim,
para isso estamos aqui. –
Disse Taylor sorrindo como se dissesse que não é um encontro entre dois seres
que se amam. Ele estava lá pela Comic-con, eu não... Queria mesmo uma chance
com ele. Isso passava pela minha cabeça a cada minuto. Eu logo partiria. Eu nem
queria pensar nessa parte tão trágica para mim. Queria aproveitar cada segundo
com ele. Entramos no carro novamente e voltamos ao hotel onde eu estava para
pegar minhas coisas. Taylor entrou no meu quarto, olhou a parede, o teto, a
cama e por fim olhou minhas malas, apontou e disse:
- Cadê
seus pôsteres? Eu posso autografá-los agora mesmo.
- Não
tenho nem um pôster. – Respondi
– Taylor me olhou e fez aquele beicinho...
- Eu
perguntei porque os posters são básicos. Toda fã tem, coloca na parede, book,
caderno, pasta, é uma forma de lembrar do ídolo.
- Não
preciso de um papel ou foto para me lembrar de você. Penso o tempo todo. – Respondi deixando-o sem graça novamente.
- Okay,
eu vou colocar uma roupa melhor! – Disse eu tentando deixá-lo mais a vontade depois de deixá-lo sem
graça com o “penso o tempo todo”.
- Não
se preocupe... Você está ótima - ele falou sorrindo. Taylor faz isso, é
inevitável, ele não espera um sorriso para ser gentil, ele sorri e é gentil
antes.
-Não
deve ser o que todos pensam - disse olhando para aquele rosto irrevogavelmente lindo.
- Não se
preocupe com o que os outros pensam, e sim com o que você pensa de você - ele falou sentando-se na poltrona. Taylor cruzou as
pernas como sempre faz. O pé que estava no chão não parava de balançar
inquieto. Ao ver que eu o olhava entrelaçou seus dedos um no outro e colocou
sobre o joelho. Ele mordeu seu lábio superior... Como se dissesse em
pensamento: “eu sou gostoso e sei que sou
gostoso”. Por um lapso de segundo me imaginei acariciando suas cochas
enquanto colocava alguns pertences dentro da minha mala. Ele continuava a me
observar inerte. Ele é tão lindo que chaga causar calafrios. Estávamos em um
quarto, sozinhos, e se eu o beijasse? E se ele correspondesse? Essa seria definitivamente
a melhor maneira de perder minha virgindade e eu sim poderia dizer que a minha
primeira vez foi inesquecível. Taylor me olhava e eu não conseguia parar de
encará-lo. Era incrível, ele não se incomodava nem um pouco em ser observado. As
vezes eu tinha a impressão que ele gostava de ser observado. Pode parecer
ousadia da minha parte, mas eu sentia que havia uma química entre eu e ele, e
de certa forma pelo seu olhar ele me correspondia, como se seus olhos dissessem
sim.